Minha ideia, ao longo dos próximos cinco dias, é encontrar, virtualmente, pessoas dispostas a me contar histórias de relações fora do casamento e suas razões para estarem ali. Mesmo em países onde as mulheres traem muito, eles traem mais. Bom, para ouvir mulheres, pensei, teria trabalho dobrado. E tive, como mostro a seguir. Dito e feito. É claro que fui denunciada. Nova conta, outro e-mail, e nasceu AliceSim, bissexual casada, 39 anos. Eu, que em época de solteira frequentei o Tinder e o Happn, nunca vi nada parecido. Dez deles, antes que eu respondesse, deram acesso às galerias privativas.
Mais de procurar a voz dos especialistas, nada como ouvir as queixosas. Estendi-lhes o gravador. A resposta mais votada foi óbvia. Eles têm medo da tampa Resumo: imaginemos uma mulher com, digamos para sermos otimistas, 10 homens ao seu alcance. Se tiver 30 e muitos ou 40 anos, vamos tirar, se formos otimistas, cinco homens. Dos cinco que restam, tiramos um para sermos otimistas que tem metade do QI dela, e outro para sermos otimistas que é gay. O outro tem um índice de pasta gorda acima dos 34, um caniche que uiva noite fora, um dente torto, e apneia do sono. Mas que raio de homens é que vocês conhecem?
E casamentos em casas ou quartos separados fazem parte desse processo. Rebeca afirma que uma das maiores causas de conflito entre recém-casados é a dúvida em se adaptar e transitar no mesmo espaço físico e subjetivo. A vontade de amar e ser caro, de encontrar o companheirismo em outra pessoa. Ao mesmo tempo, temos a necessidade da individualidade. Preciso saber quem eu sou e do que eu gosto antes de me aventurar com o outro, diz a terapeuta. Dentro desse contexto, a psicoterapeuta observa que viver em ambientes separados pode ser uma das maneiras de conservar a própria singularidade. Pode ser com hobbies, amigos, estudos, trabalho.
E isso faz toda a diferença quando o assunto é namoro ou casório. Esse processo inclui intensificar o papel de pai e valorizar outras esferas da vida. Esse contexto favorece um bom encontro com as mulheres. Mas, para viver um amor adulto, ambos enfrentam desafios. Cada verbo foi definito com base nas experiências com a mulher amada. Respeitar Sem respeito, zero funciona.
Eles ansiosos por as encontrar. Mais uma vez, em comum: a carência afectiva e a procura de se sentirem aceites, valorizados, desejados e amados. Ou encontram e logo se desencontram. Meses ou anos mais tarde divorciam-se. A perguntar-se como é possível isto acontecer? Mas é esta a realidade.